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Comércio não vai mais funcionar até às 22h em São Paulo

A flexibilização iria começar no dia 1º de junho, mas o governo paulista desistiu desta flexibilização

Houve recuo do Governo de São Paulo sobre a ampliação do funcionamento do comércio e outros estabelecimentos até às 22h. O Executivo Estadual desistiu desta liberação e vai seguir com o funcionamento até às 21h.

As lojas, shoppings, academias, salões de beleza e restaurantes iriam operar operar até às 22h. Além disso, a capacidade máxima de funcionamento do comércio, que também tinha a previsão de ser ampliada para 60% no próximo mês, seguirá em 40%.

A justificativa para este recuo se deve a uma nova alta de internações de pacientes com Covid-19. A média passou de 80% de ocupação dos leitos de UTI. Esta medida vai seguir até o próximo dia 13 de junho e caso os índices melhorem, aí a flexibilização deve acontecer no dia 14 de junho. O governador João Doria deu coletiva e explicou que o momento atual é de cautela.

“Os indicadores da pandemia recomendam cautela neste momento e é cautela que nós estamos adotando”, afirmou Doria.

Segundo o diretor do Centro de Contingência do Coronavírus, Paulo Menezes, a elevação dos casos da doença fez o comitê revisar a recomendação e orientar o estado a não avançar nas flexibilizações.

“Tivemos essa avaliação de que não seria ainda o momento de avançar como havia sido pensado na semana passada. […] Houve um aumento na incidência de casos, estávamos com 370 casos por 100 mil a cada 14 dias, hoje temos 418 casos por 100 mil, um aumento de 10% nessa incidência. Um aumento no número de internações é mais discreto, felizmente”, defendeu Menezes.

O momento atual do Plano São Paulo

Desde segunda-feira (24), o comércio foi autorizado a elevar a capacidade máxima de 30% para 40%. Na prática, porém, não há lei, multa ou fiscalização para verificar esse percentual. O estado de São Paulo está, desde 18 de abril, na chamada “fase de transição” do Plano São Paulo, que regula o funcionamento dos setores da economia.

Esta fase, criada para representar uma etapa transitória da fase emergencial, a mais rigorosa da quarentena, não leva em consideração os indicadores da da pandemia no estado. Se índices como taxa de ocupação de leitos fossem levados em conta, a maior parte da população do estado estaria na chamada fase vermelha.

O número de novos casos está em alta no estado. Nas últimas semanas, São Paulo também registrou uma interrupção na queda de novas internações. A última vez que a ocupação de UTI ficou no patamar de 80% havia sido em 27 de abril.

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