Martine Grael e Kahena Kunze repetem o feito na Rio 2016 e faturam o ouro na vela
A dupla conquistou o bicampeonato olímpico na classe 49erFX
Dizem que filho de peixe, peixinho é. E no caso das velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze esse ditado faz jus. A dupla brasileira conquistou mais uma medalha de ouro para o Brasil nas Olimpíadas de Tóquio na classe 49erDX e repetiram o feito obtido na Rio 2016, onde também faturaram o ouro.
As bicampeãs olímpicas vem de famílias de velejadores. Martine é filha de Torben Grael, e dono de cinco medalhas olímpicas, e sobrinha de Lars, que tem outras duas. Já Kahena é filha de Claudio Kunze, campeão mundial juvenil nos anos 1980. E a vela e o talento estão no DNA das atletas, que fizeram história ao entrarem num seleto grupo de atletas que conquistaram dois ouros em duas edições de Olimpíadas.
Até então, apenas 13 atletas tinham alcançado esse feito. Torben Grael, Marcelo Ferreira e Robert Scheidt (1996 e 2004) na vela, Adhemar Ferreira da Silva (1952 e 1956) no atletismo, Fabi Alvim, Fabiana, Jaqueline, Paula Pequeno, Sheilla e Thaísa (2008 e 2012), Maurício e Giovane (1992 e 2004), e Serginho (2004 e 2016) no vôlei.
A prova
A estratégia adotada por Martine Grael e Kahena Kunze foi se reagir por uma direção diferente das adversárias e assumiram a ponta, mas com a Argentina colocada. As holandesas estavam um pouco para trás, brigando pela terceira posição. Na primeira boia, as brasileiras contornaram em terceiro, mas à frente das rivais diretas pelo título, os barcos da Holanda e da Alemanha.
Na segunda boia, Argentina e Noruega seguiram na frente, e as brasileiras seguiam em terceiro, posição que lhes dava, no momento, o título. Holandesas e britânicas caíram para as últimas posições após se enroscarem na virada da boia.
Na terceira boia, argentinas seguiam na liderança, com as norueguesas em segundo, mas isso não influenciava em nada na briga das brasileiras, que passaram em terceiro, com uma vantagem de mais de 20 segundos para as alemãs, que ainda podiam tirar o título de Martine e Kahena.
No fim, as argentinas venceram a regata, seguidas das norueguesas. As brasileiras passaram em terceiro lugar e comemoram a medalha de ouro, já que alemãs e holandesas ficaram para trás.
Martine Grael e Kahena Kunze foram consistentes durante toda a competição. Nas 12 regatas, conseguiram duas vitórias e sempre estiveram entre as primeiras colocadas. Chegaram na última regata dependendo só de si para sair com a medalha de ouro, embora estivessem empatadas em pontos (atrás no critério de desempate) com a Holanda.
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