Olimpíadas

Valeu mulherada! No último dia das Olimpíadas, Brasil garante duas medalhas de prata

Medalhas vieram em finais do boxe e do vôlei e ajudaram o país a ter a melhor campanha na história

Chegar a uma Olimpíada é um feito gigantesco para qualquer atleta. Conquistar uma medalha é o ápice para cada competidor. E o Brasil encerrou a sua campanha histórica com duas pratas. Ao todo foram 21 medalhas, sendo 7 de ouro, seis de prata e oito bronzes. As pratas vieram no boxe e vôlei feminino. A mulherada, aliás, merecem todos os parabéns por todas as medalhas conquistas, seja ouro, prata ou bronze.

No último dia de disputa dos Jogos Olímpicos de Tóquio, o Brasil chegou com o feito de ter feito a melhor campanha em todas as edições, em relação a número de medalhas. Havia uma perspectiva de bater o recorde de medalhas de ouro. No boxe, Beatriz Ferreira encarou a irlandesa Kellie Harrington na disputa por até 60 Kg.

A luta começou de maneira bem estudada entre as boxeadoras. Bia chegou a acertar alguns golpes. Só que a atleta da Irlanda conseguiu uma boa sequência de golpes. Ainda assim a brasileira chegou a cercar nas cordas a adversária e o primeiro round foi favorável para Bia.

Créditos: Getty Images

Só que aí veio o segundo round e a luta, embora continuasse a ser estudada, sem ataques mais brutos. Ainda assim os árbitros deram vantagem de pontuação para a irlandesa. No terceiro e último round, Kellie Harrington tinha 20 a 18 a favor e coube a Beatriz tentar ou vencer por unanimidade ou um nocaute. Não aconteceu e no fim os árbitros decretaram a vitória para a Irlanda e o Brasil ficou com a prata.

Na saída do ringue, Beatriz desabafou. “Saí do Brasil com a meta de conseguir a mãe de todas, não consegui, tentei mudar de cor, mas não consegui. Vou continuar trabalhando para que ela mude. Claro que o objetivo era o ouro, o ouro não veio, mas estou contente com essa aqui. Sou medalhista olímpica, é para poucas. (…) Acredito que representei bem, não foi o ouro, mas foi a medalha de prata com sabor de ouro – disse Bia logo após colocar a medalha no peito, e prometeu que estará em Paris-2024: “Tá logo ali. Aguardem”.

Brasil com a prata no vôlei

No vôlei feminino, o Brasil chegou à decisão com uma campanha impecável ao vencer todos os jogos. Era o favorito. Só que do outro lado havia um Estados Unidos, que era sedento pra conquistar uma medalha de ouro pela primeira vez.

E diante de tanta gana, as estadunienses deram uma verdadeira pancada contra as brasileiras e foram absolutas. No primeiro set Com 4/0 a favor dos Estados Unidos, Zé Roberto parou o jogo. No começo da partida, a seleção teve problemas para fazer o ataque funcionar. Os três primeiros pontos do Brasil foram em erros das americanas. As rivais, por outro lado, conseguiam virar as bolas com mais facilidade: 6/3. O Brasil chegou a encostar e a diminuir a diferença para apenas um ponto, em 8/7.

Créditos: Getty Images.

As americanas, porém, voltaram a abrir. Akinradewo, com uma deixadinha, fez o placar marcar 12/8. Mas, ao contrário daquele início, a seleção conseguiu se reerguer. Voltou a ficar a um ponto do empate em erro de Poulter. Karch Kiraly pediu tempo. Foi o suficiente para arrumar a casa. O Brasil errou um ataque, e os EUA voltaram a abrir quatro pontos, marcando 18/14. Zé Roberto buscou a inversão pela primeira vez no jogo, mandando Roberta e Natália. Mas foi por pouco tempo. Logo, Macris e Rosamaria voltaram à quadra. A seleção até ameaçou reagir, mas a melhor jogadora da partida até ali definiu: Bartsch-Hackley fechou a conta em 25/21.

Show norte-americano continuou

No segundo set, Rosamaria, com uma pancada, abriu a contagem no segundo set. Era preciso fazer diferente e recomeçar. A seleção até começou melhor, mas logo as americanas tomaram o controle do jogo. Com Washington, marcaram 6/4 no placar. Quando abriram 8/5, Zé tirou Rosamaria e mandou Natália à quadra em uma troca simples. Por um momento, a seleção até melhorou. Drews, porém, abriu 12/8 com uma largadinha, obrigando Zé Roberto a pedir tempo.

Não funcionou. As americanas mantiveram o controle total do jogo e dispararam. Em um erro de Macris, a seleção viu o placar subir para 16/9. Nada parecia dar certo. Rosamaria voltou à quadra. Pouco depois, foi a vez de Macris dar lugar a Roberta em uma troca simples. A seleção melhorou. A diferença, que chegou a ser de oito pontos, caiu para cinco. Kiraly, então, parou o jogo. O Brasil até somou mais alguns pontos e ensaiou uma reação improvável. Mas, no fim, os Estados Unidos fecharam em 25/19 em um erro de saque de Carol.

O início do terceiro set até pareceu abrir caminho para uma reação. Mas era um ritmo diferente. Em busca de seu primeiro ouro olímpico, os Estados Unidos fizeram do favoritismo uma realidade absoluta. À beira da quadra, Zé Roberto fez de tudo. Mudou as peças, gritou e tentou chamar o time. Mas havia um longo caminho a alcançar. Até o fim, as americanas mantiveram a vantagem até fechar o jogo em 25/14.

Depois de três medalhas de prata nas Olimpíadas de Los Angeles 1984, Pequim 2008 e Londres 2012 e ainda dois bronzes, em Barcelona 1992 e Rio 2016, enfim o ouro chegou. Já as brasileiras conquistaram a primeira prata olímpica. Até então, a equipe de José Roberto Guimarães levou o ouro nas edições de Pequim 2008 e Londres 2012 e bronze em Atlanta 1996 e Sydney 2000.

LEIA TAMBÉM

Obrigado Tóquio. Que venha Paris 2024

Mostrar mais

Artigos relacionados

Deixe um comentário

Botão Voltar ao topo
Don`t copy text!

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios