
O poder público faz o apelo para que a população não escolha a marca da vacina contra a Covid-19. Só que em Jundiaí, dois moradores buscaram a Justiça para obterem esta permissão de escolha. Mas o Ministério Público do Estado de São Paulo, Promotoria de Justiça de Saúde Pública de Jundiaí, negou o pedido.
O MP-SP informou que estes moradores foram ao posto de saúde tomar a vacina contra o coronavírus. Mas nestes locais só haviam doses da CoronaVac. A alegação foi que eles irão viajar para a Europa, mas quem se vacinou com a CoronaVac não pode entrar em certos países. Por isso solicitaram a intervenção do Ministério Público.
Se por acaso tomassem a vacina com outra marca poderiam obter a autorização para viajar em outro país. O promotor de Justiça Rafael de Oliveira Costa contou que a escolha da marca da vacina “não reflete boa estratégia para enfrentar a pandemia, principalmente levando em consideração a disponibilidade limitada de doses”.
Além disso, ele afirma que os moradores não encaminharam elementos que sirvam como provas de que não deveriam tomar determinada marca, como documentação médica.
Seis vacinas aprovadas pela OMS
Em julho, a Aliança Covax, coordenada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pediu que os países que planejam uma reabertura aceitem a entrada de viajantes que receberam a imunização completa com alguma das seis vacinas aprovadas pela entidade.
Veja as vacinas autorizadas para uso emergencial, pela OMS:
- Pfizer/BioNTech – (aplicada no Brasil)
- Oxford/AstraZeneca (lotes da Índia e Europa) – (aplicada no Brasil)
- Janssen (Johnson & Johnson) – (aplicada no Brasil)
- Moderna
- Sinopharm
- Sinovac (CoronaVac) – (aplicada no Brasil)
A recomendação, se aprovada por governos regionais, facilitaria a circulação de brasileiros na União Europeia que faz uso de um Certificado Digital Covid (CDC), ou “passaporte da imunidade”, uma vez que todas as vacinas usadas no Programa Nacional de Imunização (PNI) passam pelo crivo da OMS.
O documento de viagem permite que as pessoas se desloquem entre os 27 países do bloco europeu sem ter que ficar em quarentena ou fazer exames extras de Covid-19. Além disso, o Comitê de Emergência da OMS também manteve no mês passado sua posição de que a prova de vacinação Covid-19 não deve ser exigida para viagens internacionais, em meio a um crescente debate sobre o bloqueio da entrada de viajantes não vacinados.
Especialistas independentes disseram que a vacinação não deve ser a única condição para permitir viagens internacionais, dado o acesso global limitado e a distribuição desigual das vacinas Covid-19.
A OMS já tinha feito a mesma recomendação em março. Na época, a entidade lembrou que muitas pessoas vivem em países onde vacinas ainda não estão disponíveis e que ainda não se sabe, exatamente, o quanto as vacinas conseguem interromper a transmissão do coronavírus.
Brasileiros na Europa
O turista brasileiro teve sua entrada vetada em grande parte dos países do mundo devido à alta incidência do coronavírus, à vacinação lenta contra a Covid-19 e à circulação de novas variantes no Brasil.
Mas a boa notícia é que alguns países da Europa já reabriram suas fronteiras para turistas brasileiros que estão ou não totalmente vacinados, mesmo que eles não possuam passaporte europeu, visto ou autorização de residência de algum país da União Europeia.
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