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Brasil encerra participação nas Paralimpíadas com prata na maratona

País faz a melhor campanha garantindo o 7º lugar no quadro de medalhas

Acabou a histórica participação do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, Japão. O país conquistou ao todo 72 medalhas, igualando ao desempenho da Rio 2016, mas como faturou 22 ouros, teve a sua melhor campanha na história das Paralimpíadas e garantindo o sétimo lugar.

A última medalha brasileira veio na maratona T46, que é disputada por atletas com deficiência nos membros superiores. Alex Douglas Pires da Silva fez uma prova bem consistente  e percorreu bem os 42 Km com o tempo de 2h27min00s, novo recorde sul-americano. O ouro ficou com o chinês Chaoyan Li, que venceu com 2h25min50s, batendo o recorde paralímpico. Completou o pódio o japonês Tsutomu Nagata, bronze com 2h29min33s.

O brasileiro se manteve próximo do pelotão da frente desde os primeiros quilômetros. A partir do quilômetro 30, Chaoyan Li se isolou na frente com Alex como o seu único perseguidor, deixando todos os demais maratonistas para trás.

O brasileiro ainda conseguiu encurtar a distância nos quilômetros finais, mas a vitória ficou mesmo com o chinês. Nos metros finais da maratona, já no Estádio Nacional de Tóquio, Alex repetiu o gesto de Vanderlei Cordeiro de Lima ao fazer o aviãozinho antes de cruzar a linha de chegada.

Evolução do Brasil

É importante ressaltar o trabalho feito pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, que iniciou o planejamento de ser uma potência paralímpica. Tudo começou em Atenas 2004, quando foi criado o logan atual das Paralimpíadas, “espírito em movimento”, que o Brasil despontou como uma das principais forças mundiais, ficando pela primeira vez no top 20 do quadro de medalhas – 14º lugar – e finalmente conquistando mais de dez ouros, chegando a 14 no total.

E foi em Tóquio que o país mostrou que não parou no tempo nem se acomodou. Segue em movimento e confirmou, neste último dia dos Jogos, o melhor desempenho de sua história ao conquistar 22 ouros, um a mais do que recorde anterior de 21, de Londres 2012.

A posição no quadro de medalhas pode até ser igual à de Londres 2012, sétimo lugar, e o número total de pódios empata com a Rio 2016, com 72. Mas além do ouro a mais, saltam aos olhos a renovação da delegação e a diversidade de modalidades medalhadas, além da consistência entre os maiores.

O país ficou no top 10 pela quarta edição seguida dos Jogos, e dessa vez com 14 modalidades subindo ao pódio. De brinde, alcançou seu centésimo ouro em Paralimpíadas, chegando a 109 no fim.

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