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Com mensagens de diversidade, Tóquio passa o bastão das Paralimpíadas para Paris 2024

Jogos Paralímpicos se despedem com incríveis marcas quebradas

A chama dos Jogos Paralímpicos de Tóquio apagou e assim terminou neste domingo (5) o principal evento do esporte paralímpico. Sob o som de “What a Wonderful World” (que mundo maravilhoso), a cerimônia de despedida levou mensagens de um mundo de diversidade, respeito e da busca de um mundo mais inclusivo para as pessoas com deficiência. Agora o foco é Paris 2024.

Foram 12 dias de disputas nas arenas de Tóquio, os japoneses deram adeus aos Jogos em grande estilo. Sem a presença de público por causa da pandemia do coronavírus, os atletas paralímpicos se reuniram no estádio de Tóquio para um show de luzes e músicas. A canção “What a Wonderful World” foi arrebatadora no fim da festa, interpretada pelos japoneses Atsushi Okuno e Yuina Koshio, pessoas com deficiências.

Assim como no encerramento das Olimpíadas, houve uma cerimônia simbólica de passagem de bastão. A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, entregou a bandeira do Comitê Paralímpico Internacional (IPC) para o brasileiro Andrew Parsons, presidente do IPC, que passou o pavilhão para Anne Hidalgo, prefeita de Paris. A contagem regressiva para os Jogos de 2024 começou: faltam 1.088 dias. Ou seja, três anos de preparação e se Deus quiser, com público.

Show de luzes e som

A festa começou ressaltando a magia das Paralimpíadas. Quase 100 pessoas deram um show de luzes e muita música, com destaque para o betabox da artista japonesa RIN. Diferentemente de outras cerimônias, os atletas já acompanharam tudo dentro do estádio, à exceção dos porta-bandeiras.

A festa teve muitas performances, com muitas cores e ritmos, destacando aspectos da cultura japonesa e dando protagonismo às pessoas com deficiência. Os mascotes Miraitowa e Someity também entraram na dança.

Homenagem a Daniel Dias

Créditos: Divulgação/CPB.

Maior medalhista paralímpico da história do Brasil, Daniel Dias fez seu último ato em Paralimpíadas. O nadador de 33 anos disse adeus aos Jogos somando três bronzes em Tóquio para a coleção agora de 27 medalhas. Ele teve a honra de ser o porta-bandeira brasileiro na festa de encerramento para se despedir.

Daniel Dias ainda voltou à cena para ser empossado como novo representante eleito do Conselho de Atletas do IPC. Além do brasileiro, foram eleitos a italiana Martina Caironi (atletismo), a cubana Omara Durand (atletismo), o japonês Takayuki Suzuki (natação), a holandesa Jitske Visser (basquete sobre cadeira de rodas) e a iraniana Zahri Nemati (tiro com arco).

O brasileiro Andrew Parsons, presidente do IPC, agradeceu aos atletas, aos japoneses e a todos os envolvidos nos Jogos pela realização do evento em meio à pandemia do coronavírus. Ele ressaltou o papel dos atletas paralímpicos na construção de um mundo mais inclusivo para as pessoas com deficiência, que representam 15% da população mundial.

“Juntos, contra todas as probabilidades, conseguimos. Os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 não foram apenas históricos, foram fantásticos. Em 12 dias mágicos, os atletas deram ao mundo confiança, alegria e esperança. Quebraram recordes. Aqueceram os corações. Abriram mentes. É importante ressaltar que os atletas mudaram vidas. No Japão, existe uma bela filosofia antiga chamada Kintsugi. Significa abraçar as imperfeições que todos nós temos, não para escondê-las, mas para celebrá-las.

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