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Argentina é tomada pelo calor que beira os 50ºC e o Brasil pode ser afetado

Os dias quentes chegaram a provocar blecaute no país

Boa parte do Brasil estranha o verão com muita chuva e sem aquele calor. Mas isso deve mudar nos próximos dias. Tudo porque na Argentina, as temperaturas tem sido altíssimas e chegando aos 50ºC. A tendência é que este forte calor chegue ao Brasil.

Os argentinos tem sofrido com o calorão e nesta quarta-feira (12), as províncias de  Catamarca, La Rioja, San Juan, Mendoza e La Pampa estão sob o alerta vermelho. Em alguns pontos a temmperatura alcançou os 44ºC e como conseqência, sobrecarregou as redes elétricas, provocando blecaute.

Buenos Aires

A capital Buenos Aires sofreu com uum blecaute que deixou milhares de casas sem eletricidade. De acordo com a Agência Brasil as distribuidoras Edenor e Edesur relataram quedas de energias depois que as altas temperaturas geraram aumento na demanda para resfriar casas e empresas.

Segundo comunicado da Entidade Nacional de Regulação da Eletricidade (ENRE), o corte de energia da Edenor afetou 700 mil clientes na área de Buenos Aires e cerca de 43 mil clientes da Edesur também ficaram sem energia.

A empresa que fornece água potável na região, a AySA, pediu à população que economize água, pois a interrupção também afetou o sistema de purificação da companhia.

De acordo com o MetSul, ontem foi o segundo dia mais quente da história da cidade de Buenos Aires, com 41,1ºC, valor que supera o registro de 40,5ºC de 1995, um dos dias mais quentes já registrados no país. O recorde de temperatura na Argentina é de 1957, quando os termômetros marcaram 43,3ºC. O Serviço Meteorológico Nacional (SMN) do país afirma que as altas temperaturas devem continuar ao longo da semana e alerta que o calor extremo pode ser perigoso para a saúde, sobretudo para grupos de risco.

Rio Grande do Sul terá calor intenso

De acordo com a MetSul, se a previsão se concretizar, esse seria o maior calor de todos os tempos, com recordes de temperatura máxima, alcançando a marca de 40,7ºC em Porto Alegre no ano de 1943 e dos 42,6ºC no Rio Grande do Sul, em 1917, na cidade de Alegrete. Além disso, bateria também o recorde do Brasil de 44,8ºC em 2020, no Mato Grosso.

Segundo a MetSul, é preciso considerar tais projeções com um misto de ceticismo, cautela e atenção. Em outras ocasiões, meteorologistas do Brasil e do exterior observaram simulações indicarem cenários fora da realidade, como furacões simultâneos no Atlântico e nevascas nos Estados Unidos, fenômenos que não ocorreram.

Apesar dos avanços, a tecnologia da modelagem numérica ainda é imperfeita. “Mesmo que o modelo esteja exagerando, há uma sinalização de risco de um evento extremo”, destacou o MetSul. Outro ponto a se considerar é que as projeções de modelos para sete a 10 dias no verão são menos confiáveis que no inverno, uma vez que a atmosfera mais quente favorece alterações mais frequentes.

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