Cunhado acusado de matar a jovem Juliana vira réu por extorsão, feminicídio e destruição de cadáver
Crime aconteceu em dezembro na cidade de Campo Limpo Paulista

O Ministério Público denunciou e a Justiça aceitou o pedido para que o cunhado de Juliana Souza de Oliveira, de 27 anos, se torne réu apos matar e desaparecer com a jovem. Ela foi encontrada dentro de um latão em Campo Limpo Paulista, mas só teve a identidade revelada após exame de DNA. A decisão saiu nesta terça-feira (22).
A denúncia feita pela promotora Mariana Ueshiba da Cruz Golveia, aponta que Reginaldo Barbosa, cunhado da vítima, cometeu dois crimes de extorsão. Além disso, ele também cometeu feminicídio com arma de fogo e destruição de cadáver. Até o momento a defesa de Reginaldo não se manifestou sobre o caso.
O laudo do Instituto de Criminalística (IC) confirmou que o corpo encontrado dentro de um latão com objetos pessoais da vítima, em Campo Limpo Paulista, em dezembro de 2021, era de Juliana. O denunciado é casado com a irmã de Juliana desde 11 de outubro de 2014, segundo o MP.
Justificativa
Segundo a promotoria do Ministério Público, a justificativa foi tomada com base em extratos bancários e depoimentos, que Reginaldo chegou a dispensar um funcionário do condomínio onde trabalhava, em março de 2019, e afirmar para o proprietário do empreendimento que o homem havia pedido que, a partir do mês de abril de 2019, o chefe passasse a depositar o salário na conta corrente da suposta esposa do colaborador.
O denunciado, segundo o MP, teria passado os dados da conta corrente de Juliana, que para o empregador seria a mulher do funcionário. Durante 2 anos e 7 meses, até a morte de Juliana, o denunciado teria recebido o suposto salário do funcionário que “demitiu”. Foram cerca de R$ 40 mil.
“Aproveitando-se da inocência e da personalidade de Juliana, no dia 3 de novembro de 2021, o denunciado, em circunstâncias ainda não esclarecidas, mas valendo-se da arma de fogo que havia adquirido, obrigou a vítima a realizar um empréstimo bancário no valor de R$ 7 mil e, na sequência, a efetuar transferência do referido montante para a conta corrente dele”, escreveu a promotora.
“Não satisfeito, no dia 1 de dezembro de 2021, o indiciado, tendo prévio conhecimento que Juliana iria fazer um exame de sangue na cidade em Várzea Paulista, na parte da manhã e que, para tanto, a ofendida pegaria um ônibus com destino ao terminal central de Campo Limpo Paulista, se dirigiu até o local, com o veículo e ficou aguardando a vítima”, completou.
Momento do crime
Quando ela desembarcou no terminal, ele teria a abordado com a arma de fogo e obrigando-a a entrar no carro. “Encurralada, a vítima, finalmente, cedeu e disse para o indiciado que iria transferir todo o valor que possuía em sua conta corrente para a dele. Nada obstante, o saldo que Juliana tinha em sua conta não era o bastante para Reginaldo, que, assim, exigiu que ela realizasse um novo empréstimo bancário.”
A execução da vítima, conforme o MP, foi por receio que Juliana revelasse que havia sido extorquida.
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