Casos de dengue crescem no Brasil. Veja as regiões com maiores índices de surto
Ministério da Saúde alertou para a necessidade de intensificar as medidas de vigilância
Em comparação ao início de 2021, os casos de dengue cresceram cerca de 43,9% nos primeiros meses deste ano, segundo o site Exame, em dez semanas, entre 2 de janeiro a 12 de março, foram registrados 161.605 prováveis infecções no País.
Nesse sentido, o maior período de transmissão da dengue se dá entre março e abril, devido ao clico de chuvas, contudo, o alerta é para necessidade de intensificar as medidas de vigilância. Dessa forma, a InfoDengue, sistema de monitoramento de arbovirose desenvolvidos por pesquisadores da Fiocruz e Fundação Getulio Vargas, afirmam a região Sul do país como área de atenção em 2022.
Região com maiores índices de surto
Centro-Oeste (204 2 casos por 100 mil),
Regiões Norte (97,4/100 mil),
Sudeste (47,9/100 mil),
Sul (49/100 mil),
Nordeste, com 31 casos por 100 mil habitantes, menor incidência,
Goiânia (GO) lidera o ranking de cidades com mais dengue, com 16.629 casos prováveis,
Brasília (DF) com 10.653,
Palmas (TO), com 6.508,
São José do Rio Preto (SP), com 2.477
No Estado de São Paulo, em 2021 foram contabilizados 29 mil casos e 11 óbitos por dengue. Porém, os casos de dengue diminuíram este ano, conforme a Secretaria de Saúde do Estado, até o dia 5 de março de 2022 foram registrados 12.974 casos, além de quatro óbitos já confirmados.
Sintomas
A doença pode ser assintomática ou pode evoluir até quadros mais graves. Podendo levar o individuo infectado a uma hemorragia e choque.
Existem dois tipos de manifestação da doença, a dengue clássica, que deve ser notificada, a primeira manifestação é febre alta (39° a 40°C), usualmente seguida de dor de cabeça ou nos olhos, cansaço ou dores musculares e ósseas, falta de apetite, náuseas, tonteiras, vômitos e erupções na pele (semelhantes à rubéola).
A doença tem duração de cinco a sete dias (máximo de 10), mas o período de convalescença pode ser acompanhado de grande debilidade física, e prolongar-se por várias semanas.
No entanto, a forma grave da enfermidade, segundo a Fiocruz, conhecida como febre hemorrágica da dengue, os sintomas iniciais são semelhantes, porém há um agravamento do quadro no terceiro ou quarto dia de evolução, com aparecimento de manifestações hemorrágicas e colapso circulatório.
Nos casos graves, o choque geralmente ocorre entre o terceiro e o sétimo dia de doença, geralmente precedido por dor abdominal. O choque é decorrente do aumento de permeabilidade vascular, seguida de hemoconcentração e falência circulatória.
Tratamento
O tratamento é realizado a base de analgésicos e antitérmicos e pode ser feito no domicílio, com orientação para retorno ao serviço de saúde. Até o momento, não há um remédio eficaz contra o vírus da dengue.
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