“Pulp à Brasiliana” – Uma aventura que traz a reflexão sobre a ética e a moral
Yvis Tomazini lança a obra literária, repleta de mistérios e uma história que promete mexer com o imaginário

Como poder enaltecer a importância da ética, da moral, dos valores, em tempos que o mundo ‘prega’ que para chegar ao sucesso, as vezes é necessário desreipeitar os atos de conduta? Esta é a principal reflexão que a obra “Pulp à Brasiliana” conta para despertar o imaginário dos leitores.
A publicação será lançada neste sábado (9), em Santos, Litoral de São Paulo, pelo jovem administrador, Yvis Tomazini. A publicação será disponibilizada virtualmente, por meio do Instagram @yvis_tomazini. À Rede Notíciaz, ele contou sobre a obra literária, se baseando em muitos aspectos da vida. Inspirações em clássicos do cinema e da literatura o ajudaram a constriur a história.
A história se baseia na personagem Sabrina Barlavento venceu um relevante prêmio literário e teve sua obra adaptada para os cinemas, mas nada disso impedia a única crítica negativa de assombrá-la. Ainda guardando o recorte de jornal que classificava seu trabalho como “Ficção de Polpa”, recebe a inusitada proposta de Rafael Perso. Desta vez, o sujeito apresentado por um aplicativo de relacionamentos não busca por sexo casual.

O vigarista precisa que a renomada autora patrocine sua viagem ao norte do país. Sabendo que Barlavento vê o mundo de forma romântica e aventuresca, Perso usa termos como “Cemitério Nazista”, “Segredos da Ditadura” e “Caçadores de Tesouro”, quando na verdade busca o local da queda de um avião do narcotráfico. Ele quer aquela carga, ela, uma história que valha a pena.
Em meio a playboys inconsequentes, a traficantes internacionais e a golpistas misteriosos, a escritora se flagra imersa em um mundo de perigos, trapaças e horrores. E por mais que esteja finalmente dentro do tipo de história que sempre amou escrever, desta vez todas as dores são reais e cada enigma ameaçador.
O lançamento será em formato virtual, mas já estará disponível também nas livrarias. Acompanhe abaixo a entrevista que ele conta sobre a história de aventura. Além de contar a história de vida.
1) Conta um pouco da sua vida e carreira
Eu nasci aqui mesmo no litoral de São Paulo. Uma região que por mais bonita que seja, geograficamente falando, é mais conhecida pelo perigo e pela criminalidade. Possuindo um lado muito imaginativo, porém ao mesmo tempo tendo crescido em uma região de cismas sociais tão derradeiras, hoje, adulto, percebo o quanto isso influencia minha criação. Seja em meus textos mais fantasiosos, seja naqueles que lutam para manter os pés no chão, dificilmente a inocência durará por muitas páginas.
A despeito da formação em Administração, sempre priorizei a escrita acima de tudo. A literatura até então é a única constante. Certa vez, em busca de mais experiências, me demiti de um escritório ao lado do Porto e Santos para trabalhar por uns três anos dentro dos navios que eu via pela janela e que tanto davam tinta a minha imaginação. Foi minha oportunidade de conhecer dezenas de portos pelo mundo e um pouco mais sobre os limites e o ímpeto humano. Isso deu ainda mais substância aos meus textos.
A carreira de escritor, ao contrário do que muitos possam imaginar, requer muito estudo. Desta forma, vivo lendo sobre estruturas narrativas, já fiz cursos de literatura investigativa, de roteiro voltado à curtas metragens, e cursei também algumas oficinas de escrita criativa.
Consegui publicar meu primeiro conto – O Segredo da Água – em 2011. No mesmo ano em que tive a oportunidade de vencer em segundo lugar o 1º Prêmio Literário Professor Mário Carabajal de Poesias da Academia de Letras do Brasil de Santa Catarina com uma poesia “Galo” onde brinquei usando de aliterações.
2) Desde quando começou a curtir o mundo da literatura? Quem o motivou a escrever livro?
Sou filho de uma professora e de um advogado e abençoado pela sorte de ter crescido rodeado de livros. Tinha um escritório na casa que cresci, e nele duas estantes imensas repletas de tomos de assuntos mil. Eu escalava aquelas prateleiras mesmo antes de saber ler.

Lá no alto dei de cara com o “Tubarão” de Peter Benchley, com “O Oitavo Passageiro” de Alan Dean Foster e com “O Poderoso Chefão” de Mario Puzo, para você ter uma ideia. Nesta época os clássicos nacionais que me espreitavam por lá eram ainda mais assustadores. E, por mais que eu amasse alguns títulos e capas, neste momento eu preferia acompanhar as ilustrações do Mauricio de Souza, no alto de um beliche velho que tinha ali do lado.
Era amigo dos livros, mesmo antes de descobrir o que tinha lá dentro. Já na adolescência, me dediquei à composição de letras para a minha banda, então quando no início da vida adulta meu sonho musical naufragou, a Literatura foi uma nova chance de extravasar a minha imaginação. Matar a curiosidade pesquisando, satisfazendo meus impulsos criativos os descendo ao papel.
3) No que se baseou em escrever esta história?
Eu quis fazer uma homenagem às aventuras que cresci assistindo e lendo. De “Indiana Jones” à “Ilha do Tesouro”. Ao mesmo tempo, já aprendi que é impossível escrever um bom livro sem sacrificar parte de si. Tem que doer pelo menos um pouco. Então, a despeito de toda narrativa ser contada através de um viés um tanto romantizado, todos os sentimentos são muito reais.
4) Quais lições você acredita que sua história irá trazer par ao público?
O “Pulp à Brasiliana” trata bastante sobre o “Limite moral”. Até onde você iria por aquilo que você mais quer na vida? Escritoras, golpistas, exploradores e principalmente personagens de origem mais humilde, cada um deles se depara com este dilema ao longo da história. O Pulp é mais direto nas perguntas, porém mais aberto nas respostas. A ideia não é passar uma lição, mas levantar alguma reflexão.
5) Tem planos para outras obras?
Tenho diversos outros trabalhos, cada um em diferentes estágios da produção. É como se acontecesse um debate incessante em minha cabeça sobre qual livro deve receber total atenção após o Pulp à Brasiliana. Como desejo publicar muito em breve o próximo, capaz que opte por finalizar e submeter para avaliação das editoras um mistério detetivesco com bastante pesquisa histórica passado aqui pela região. E enquanto este luta pela chance de ser impresso, eu mergulharia na pesquisa e na estruturação da minha próxima aventura.
Detalhes sobre a obra podem ser conferidos no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=aFvAeEUCpNU&ab_channel=YvisTomazini
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