
A mãe da adolescente de 17 anos agredida pelo próprio namorado, em Jundiaí, prestou depoimento na Delegacia de Defesa da Mulher. De acordo com ela, o rapaz já vinha apresentando um comportamento agressivo nos últimos tempos e pediu à Justiça a medida protetiva para as duas. Ela foi concedida.
O caso ocorreu no Jardim Novo Horizonte, na terça-feira (26) e a mãe explicou que após os dois se conhecerem via que o rapaz era uma pessoa tranquila. No entanto, há pelo menos cinco meses percebia que o comportamento dele mudava e o jovem passou a ser violento e cometer também agressões verbais e físicas.
Ainda segundo a mãe, as ameaças de morte eram constantes. “Ele falou: você vai escolher, ou você quer a sua filha viva ou você dá queixa e eu mato ela e me mato que não dá nada. Foi acontecendo, e eu não sabia mais o que fazer. Ele não deixava ela sair, ele bloqueava e ela ia para a minha casa fugir. Era um tormento, era uma tortura. Ele queria manter ela por perto”, conclui.
Por conta disto, a mãe explica que a adolescente não dorme, não se alimenta e que está com medo. Todo o barulho que ouve, a jovem imagina que é o ex-namorado dela.
Entenda a ocorrência
Na terça-feira, a Polícia Militar recebeu uma denúncia anônima informando sobre violência doméstica, na qual a vítima havia pedido socorro pelo jogo após relatar agressão e cárcere privado pelo namorado, de 24 anos. A garota também indicou a localização da casa do suspeito.
Quando a PM foi até o imóvel, encontrou a jovem com vários hematomas pelo corpo e rosto. Ela contou que mantinha um relacionamento afetivo e que morava com o namorado havia cinco meses, que era agredida frequentemente e que recebia ameaças quando tentava terminar a relação e voltar para a casa da mãe.
Após atendimento médico, o caso foi encaminhado à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), onde a mãe da jovem contou que era aterrorizada pelo rapaz havia tempos. Mas não havia registrado boletim de ocorrência anteriormente, pois ele ameaçava tirar a vida da filha dela, caso a polícia fosse chamada.
Um exame de corpo de delito foi pedido. O rapaz foi solto e pode responder por violência. A Polícia Civil vai investigar o caso.
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