Não é fácil estar em uma fila de espera para conseguir realizar uma cirurgia e enquanto isso conviver com a dor. Mas em Jundiaí, boas notícias para quem depende de cirurgias de hérnia e de vesícula. Segundo a prefeitura, a fila de espera da rede pública de saúde para cirurgias eletivas, reduziu quase 40%. Ou seja, de 2.622 pacientes, atualmente, 1.600 estão no aguardo desses procedimentos, com previsão de realização até dezembro.
De acordo com a administração, o mutirão, iniciado em julho no Hospital Regional (HR), é resultado de um plano desenvolvido na cidade, com equipamentos e instituições e com a Secretaria de Estado de Saúde. O objetivo é dar vazão às cirurgias de baixa e média complexidades que ficaram represadas por conta da Covid-19.
“Estamos respondendo à crise desencadeada pela pandemia, a partir de planejamentos e do nosso plano de retomada Pós-Covid-19. Durante os períodos mais críticos, o Hospital São Vicente se manteve como referência em Covid-19, sem desassistir as demais doenças, enquanto o Hospital Regional permaneceu na retaguarda para o atendimento dos pacientes com outras patologias. A saúde é a nossa prioridade e temos atuado para garantir a melhor assistência em todas as necessidades dos pacientes”, ressalta o prefeito Luiz Fernando Machado.
Em Jundiaí, a prefeitura explica que as cirurgias de hérnia e de colecistectomia são as que têm maior demanda, seguidas por cirurgias ortopédicas e geral (orificiais). Em torno de 3 mil ficaram represadas no período.
“A resposta à questão vem de maneira conjunta com o Estado, resultado de solicitação feita pela região de saúde de Jundiaí. Esse avanço de 40% é extremamente importante e, até o final do ano, devemos limpar essa fila. Para a próxima etapa, já estamos pactuando com a Secretaria Estadual o início dos procedimentos ortopédicos, em regime de mutirão, uma vez que o HR segue também com seus atendimentos”, informa o gestor de Promoção da Saude, Tiago Texera.
Como funciona
O encaminhamento dos pacientes para as cirurgias eletivas é feito pela Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (CROSS). Os munícipes que têm o diagnóstico de colelitiase (pedra da vesícula) ou hérnia realizados nos serviços públicos de saúde são inseridos na fila de espera do sistema CROSS.
Ao realizar o agendamento da consulta no Hospital Regional, a Unidade de Saúde que inseriu o paciente na fila de espera da central faz a convocação do mesmo para a realização dos exames pré-operatórios. Ao passar em consulta com cirurgião, a cirurgia é agendada em até 30 dias (a depender do quadro clínico do paciente).
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