Primeiro debate do segundo turno entre Haddad e Tarcísio é realizado
Os candidatos ao Governo de São Paulo seguiram as estratégias feitas no primeiro turno
Nessa segunda-feira (10), aconteceu o primeiro debate entre os candidatos ao Governo de São Paulo do segundo turno. Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) ficaram frente a frente nos estúdios da TV Bandeirantes, na Capital, para apresentarem propostas, mas também para defenderem seus padrinhos políticos: Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).
A mediação foi feita pelo jornalista Rodolfo Schneider. Alguns assuntos de interesse estadual foram discutidos, mas temas voltados à presidência e de abrangência nacional tiveram maiores destaques. O principal deles, a redução do ICMS no valor dos combustíveis, que virou alvo de polêmica devido a alta, mas também a queda de valores.
Foram três blocos, sendo que dois deles estavam livres para os candidatos fazerem perguntas. Já um bloco era exclusivo para que os concorrentes respondessem perguntas dos jornalistas.
O que falou Tarcísio de Freitas:
“Essa redução de ICMS foi uma briga comprada pelo presidente Bolsonaro, era pra aliviar o cidadão, pra aliviar o produtor. Teve efeito porque a gente percebe a inflação já reduzindo de forma significativa. As previsões já dão conta que a inflação deve terminar o ano de 2022 na casa dos 5,5%, 5,8%, o que representa uma inflação menor do que Estados Unidos, países da Zona do Euro e Reino Unido. E o que isso significa pra quem está nos assistindo? Significa que a comida vai chegar mais barata na mesa. Significa que os produtos vão chegar mais barato. E a gente já está começando a perceber a redução dos preços na cesta básica. Ou seja, a redução do combustível já está surtindo esse efeito. E nós nos comprometemos a manter essa redução do ICMS. Não só a redução do ICMS do combustível, mas também alongar os prazos de pagamento do ICMS pro pequeno empreendedor. Nós vamos reduzir o ICMS na aquisição de bens de capital. Nós vamos reduzir a alíquota pra tornar o estado de São Paulo mais competitivo. Porque isso vai gerar emprego e a gente quer os pais de família trabalhando, a gente quer fazer a diferença. Então parabéns ao governo Bolsonaro por essa importante iniciativa”.
O que disse Fernando Haddad:
“Na verdade, depois de quatro anos esfoliando os consumidores brasileiros com aumentos sucessivos da gasolina, do diesel e do gás de cozinha, por desespero, o governo Bolsonaro, às vésperas da eleição, resolve fazer caridade com o chapéu alheio. Tomou dinheiro dos governadores para abaixar durante as eleições o preço do combustível. Prometeu ao Congresso que reporia esse dinheiro e vetou o dispositivo que previa a reposição. E agora o Congresso vai derrubar o veto do Bolsonaro porque a promessa foi reduzir o imposto, mas sem prejudicar a Saúde e a Educação, que recebe a maior parte da arrecadação de ICMS. E a resposta, objetivamente: eu vou manter a alíquota do ICMS e vou lutar junto a todos os governadores para que o veto do Bolsonaro, que foi um cumprimento do acordo feito com o Congresso Nacional, seja definitivamente derrubado. Mas vou lutar por mais, vou lutar para que o presidente Lula, empossado o presidente, enfrente o lobby dos acionistas estrangeiros da Petrobras. Eles não podem ter mais de R$ 100 bilhões de reais de lucro às custas do consumidor brasileiro”.
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