
Quem vive no Interior ou na Capital tem a vontade de querer alugar casas de veraneio no Litoral para curtir um final de semana, feriado prolongado ou férias. Mas para uma família de Jundiaí, o sonho virou pesadelo. Eles caíram em um golpe após alugar uma casa em Bertioga, Litoral de São Paulo pela internet e descobrirem que outras pessoas moravam no local.
Segundo o boletim de ocorrência, o caso aconteceu no fim de dezembro e a assistente administrativa Rita de Cássia Frois Oliveira contou aos policiais que estava procurando um imóvel de temporada na praia de Bertioga. A ideia seria viajar entre os dias 26 e 29. Pelas redes sociais, ela entrou em contato com o dono de uma casa que lhe chamou atenção e iniciou uma conversa em novembro.
A vítima explicou que todos os detalhes do aluguel foram acertados com o suposto proprietário, que se apresentou como “Roberto” e pediu R$ 200 para reservar a casa. Ainda de acordo com o relato, ela teria que pagar mais R$ 210 até o fim do mês.
Segundo Rita, o homem enviou fotos e vídeos da casa e até um contrato de locação com o nome de uma mulher, que dizia ser sua esposa. Ela fez a consulta pela internet e confirmou que a casa e o endereço eram verdadeiros. No entanto, o PIX para pagamento estava em nome de outro homem.
Quando ela e a família viajou para a casa, no final de dezembro, se surpreendeu ao descobrir que o imóvel não pertencia ao homem com quem negociou, mas sim a outra família que vivia no local.”Eles falaram: ‘a gente mora aqui e já aconteceu isso outras vezes’. Eles até pintaram a casa. Realmente, ela estava azul. Na foto que eu tinha visto no Google ela estava amarela. A foto que ele mandou também era amarela”, conta.
Após entender que havia caído em um golpe, Rita tentou ligar para o homem com quem estava negociando o aluguel. No entanto, após a ida da vítima para o litoral, ele excluiu a publicação. A mulher registrou um boletim de ocorrência na delegacia da cidade.
O que fazer?
O delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jundiaí, Carlos Eduardo Barbosa Soares, afirma que este tipo de golpe é comum, e que é preciso desconfiar de casos parecidos.
“A melhor coisa é verificar se o preço que a pessoa está oferecendo pela diária é um preço compatível com o mercado. Se for compatível, o que a polícia aconselha é a pessoa tentar ir para o local e verificar se o imóvel existe, verificar, realmente, se aquela pessoa que está oferecendo a locação é o proprietário do imóvel. E como se faz isso? Com um vizinho, batendo na porta, ver se já tem alguma imobiliária no local que está fazendo a transação do imóvel “, explica.
Ainda de acordo com o delegado, quando há uma negociação entre duas pessoas e uma delas aplica um golpe, ela poderá responder por estelionato. Já quando a negociação acontece por meio de uma plataforma em uma relação entre vendedor e consumidor, a vítima pode procurar o Procon.
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