Conheça os riscos que a constipação intestinal oferece
Cerca de 20% da população mundial sofre com este mal
Quando falamos em constipação intestinal, logo a pessoa mal imagina o que seja, embora associe ao intestino. Mas ao dizer prisão de ventre, intestino preso aí já se torna um temo mais popular e bem comum em boa parte dos brasileiros. Ela é uma doença que se refere à dificuldade de evacuar, mesmo que a pessoa esteja sentindo vontade de ir ao banheiro.
Estima-se que 20% da população mundial, tenha este quadro que certamente provoca muito incômodo e pode ser causado por práticas que vão desde a alimentação até o sedentarismo.
“A doença é provocada principalmente pelo consumo insuficiente de fibras. Porém, outros aspectos também podem interferir no funcionamento do intestino, que pode estar presente desde a infância até a fase adulta, se tornando crônica e consequentemente gerando outros problemas como até mesmo a incontinência urinária”, explica Marta Lira, enfermeira estomaterapeuta com foco em incontinência na clínica ConvaCare.
A especialista explica que a frequência normal das evacuações é de pelo menos 3 vezes na semana, sendo considerado normal até 3 evacuações ao dia. De acordo com Marta, as causas mais comuns da prisão de ventre estão ligadas, principalmente, à alimentação pobre em fibras, a pequena ingestão de líquidos, o consumo excessivo de proteína animal e de alimentos industrializados.
Fatores
Além disso, outros fatores, como a falta de exercícios físicos, o envelhecimento, não atender a urgência para evacuar quando ela se manifesta, o consumo de certos medicamentos, o estresse, a depressão e a ansiedade são outras ocorrências capazes de interferir nos hábitos intestinais. A condição pode, ainda, estar associada a tumores intestinais, ao lúpus e ao diabetes.
O primeiro sintoma da constipação intestinal é a dificuldade na eliminação de fezes e gases, tendo o número reduzido de evacuações, sensação de esvaziamento incompleto dos intestinos, que pode vir acompanhada de dor abdominal, inchaço, náuseas, vômito e diminuição do apetite.
Marta explica sobre o tratamento da doença, buscando dar mais qualidade de vida para quem sofre de prisão de ventre. De acordo com ela, o programa de reabilitação consiste em fazer uma análise para identificar as falhas existentes desde os hábitos alimentares, sanitários, neurológicos e até mesmo sociais que interferem na saúde gastrointestinal. “Temos terapias que auxiliam na melhor identificação desses problemas, como o Biofeedback eletromiográfico, eletroestimulação, técnicas de relaxamento e posicionamento no vaso sanitário“, comenta.
Os riscos da constipação intestinal
Para muitas pessoas, a doença pode parecer inofensiva e se assemelhar a uma condição comum, mas ela pode leva a sérios problemas de saúde: além de predispor ao aparecimento de sintomas como irritabilidade e insônia, levam a formação de lesões intestinais, surgimento de hemorroidas, ocorrência de prolapso, surgimento de fissura anal, desenvolvimento de doença diverticular e estado de compactação fecal.
Hábitos que auxiliam no funcionamento do intestino
- Ir ao banheiro sempre que tiver vontade;
- Beber muito líquido, mas álcool é com moderação, porque ele ajuda a desidratar as fezes;
- Ingerir ao menos 25 gm diárias de alimentos ricos em fibras como: cereais, frutas se possível com casca, legumes, verduras e feijões;
- Evitar os seguintes alimentos: Arroz, Batata, Farinha de trigo, Sucos de goiaba e limão, mandioca, pão branco;
- Tentar administrar as situações de estresse e as crises de ansiedade;
- Ir ao médico, se as fezes estiverem muito ressecadas ou muito finas, se houver sinais de sangramento, ou se estiver emagrecendo sem nenhuma explicação aparente;
- Praticar atividades físicas;
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