Fique esperto com o risco de infecção hospitalar
Sem a proteção correta, o risco de contrair sérias doenças é grande
O mês de maio foi voltado para reforçar a proteção dos pacientes, visitantes, médicos e demais profissionais contra o risco das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS). Afinal, uma das lições que a pandemia da Covid-19 deixou foi a necessidade de estar sempre se higienizando.
É o que explica a médica infectologista do Vera Cruz Hospital, localizado em Campinas, Interior de São Paulo, Vera Rufeisen. Elas envolvem atenção especial de todas as instituições relacionadas ao cuidado com a saúde. “Dentro dos hospitais, os maiores riscos estão nas alas cirúrgicas, em procedimentos associados à ventilação mecânica pulmonar e infecções na corrente sanguínea, pelo uso de cateteres, e urinárias, por meio do uso de sondas”.
Os casos mais graves podem gerar um maior tempo de internação, podendo, inclusive, levar a óbito. “A mais importante ação para prevenção de infecções e contaminações é a higiene das mãos, que deve ser feita preferencialmente com preparações alcoólicas 70%, ou com água e sabão em caso de sujidade aparente”, orienta a médica. Os momentos mais importantes para a equipe assistencial são antes de tocar o paciente e de realizar procedimento limpo/asséptico, depois do risco de exposição a fluídos corporais e após tocar o paciente e/ou do contato com superfícies próximas.
“Outras ações importantes são o uso criterioso de antimicrobianos, com medicamento, dose e tempo corretos, no intuito de não induzir a resistência das bactérias e de dispositivos invasivos (sondas e cateteres), que devem ser usados somente quando há absoluta necessidade e retirados o mais precocemente possível”, acrescenta a especialista.
Medidas de proteção
Para contribuir com a segurança de pacientes e colaboradores, o Vera Cruz Hospital conta com um setor responsável por estabelecer regras, com caráter educativo e consultivo para todos os setores, denominado Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH).
Ali, são elaboradas todas as medidas de prevenção e segurança relacionadas ao paciente e ao colaborador, como cuidados no manejo de dispositivos, da limpeza ambiental, controle de antimicrobianos, água, ar, higiene das mãos, vigilância das infecções, notificação de doenças de notificação compulsória, programas de treinamento, entre outros.
Em razão de ter estabelecido, normatizado e seguir diariamente diretrizes e protocolos de segurança, o Vera Cruz Hospital conquistou e mantém certificações de excelência na qualidade da gestão e do cuidado.
“Desde 1996, temos desenvolvido o Programa de Qualidade, com foco em melhoria contínua, com olhar atento à segurança do paciente e cuidado centrado na pessoa. Inicialmente, foram implantadas ações de conscientização e sensibilização, como o programa ‘5S’ (termo utilizado para definir a essência da metodologia japonesa, que significa: Seiri = utilização; Seiton = organização; Seiso = limpeza; Seiketsu = higiene; Shitsuke = disciplina) e adoção de indicadores hospitalares. Em 2006 recebemos o Selo de conformidade do Programa CQH – Compromisso com a Qualidade Hospitalar, da Associação Paulista de Medicina, baseado nos fundamentos da Fundação Nacional da Qualidade”, relembra Claudia Matias, Gerente de Qualidade da unidade.
Todas essas certificações avaliam o hospital de forma integrada. Isso quer dizer que todos os setores precisam estar no mesmo nível de maturidade, tendo requisitos como segurança do paciente, governança e sustentabilidade, experiência positiva e satisfação dos clientes e demais stakeholders, dentre as prioridades.
Ou seja, o hospital reafirma o compromisso com requisitos de qualidade e padrões específicos, baseados em boas práticas nacionais e internacionais. Afinal, a certificação exige protocolos bem definidos, evidências de que são realizados e monitorados constantemente, tendo a ajuda de um sistema de gestão. Isso permite que, a partir de índices, análises e planos de ações de eventuais intercorrências sejam continuamente aprimoradas.
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