Saúde
Tabagismo passivo: quais os riscos?
Médico cirurgião especialista em cabeça e pescoço, Dr. Rogério Dedivitis, explica os riscos
Quando um cigarro é aceso, cerca de 1/3 do conteúdo é tragado e 2/3 são eliminados no ambiente em formato de fumaça. Com isso, surge o conceito de fumante passivo ou co- fumante, que é o não fumante, mas devido à exposição, acaba inalando a fumaça do cigarro e todas as suas substâncias. O tabagista passivo que convive com fumantes em ambientes fechados é exposto aos componentes tóxicos e cancerígenos presentes na fumaça do cigarro, que contém praticamente a mesma composição da fumaça tragada diretamente pelo fumante. São cerca de 4 mil compostos, dos quais 200 são tóxicos e cerca de 40 são cancerígenos.
De acordo com o médico cirurgião especialista em cabeça e pescoço, Dr. Rogério Dedivitis, os componentes do cigarro têm potencial de causar câncer de cabeça e pescoço. “A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirma que o conceito de poluição tabagística ambiental é a terceira maior causa de óbito evitável no mundo, perdendo para os óbitos causados diretamente no fumante ativo e nos usuários de bebidas alcóolicas em grande quantidade”.
Estudos científicos mostram que trabalhadores que exercem suas atividades em locais com fumantes expõem-se a uma quantidade de fumaça do tabaco que corresponde a terem fumado de 4 a 10 cigarros por dia, como tabagistas passivos. Dr. Rogério Dedivitis frisa que essas pessoas estão expostas a níveis elevados de substâncias tóxicas da fumaça. “São cerca de 25% a 30% de possibilidade de desenvolver doenças relacionadas ao cigarro, pois fumantes passivos também sofrem os efeitos imediatos como irritação nos olhos, manifestações nasais, tosse, cefaleia, aumento de problemas alérgicos, principalmente nas vias respiratórias”.
Dr. Dedivitis ressalta ainda quais as regiões da cabeça e pescoço que podem ser afetadas com doenças ligadas diretamente ao tabagismo. São elas:
• Boca
• Laringe
• Faringe
• Seios da face
• Glândulas salivares
Além disso, Dr. Rogério Dedivitis alerta que “Segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), 8 de cada 10 pacientes com diagnóstico de tumor, são fumantes ou ex-fumantes”.