Política

Entenda por que a PGR acusa Bolsonaro de atentar contra a democracia

Procuradoria vê plano para ruptura institucional após eleições de 2022; advogados afirmam que não há provas de ligação direta com atos de violência

A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa o ex-presidente Jair Bolsonaro de alimentar um ambiente de descrédito no sistema eleitoral que teria contribuído para os ataques de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Segundo o procurador-geral Paulo Gonet, houve produção e difusão de informações falsas sobre urnas eletrônicas e estímulo a manifestações que usavam “eufemismos para ruptura pela força do regime constitucional”.

A defesa, no entanto, contesta. O advogado Celso Vilardi afirma que não há provas de participação de Bolsonaro em articulações que antecederam os atos e pede análise detalhada de mensagens, agendas e registros de reuniões. “Estamos falando de denúncia gravíssima por fatos gravíssimos. É fundamental verificar toda a questão”, disse.

Após a derrota nas urnas em outubro de 2022, Bolsonaro se isolou no Palácio da Alvorada e, segundo investigações, acompanhava relatórios diários sobre protestos e acampamentos em frente a quartéis. Para a PGR, esse cenário ajudou a radicalizar apoiadores e abriu espaço para o discurso golpista.

O Supremo Tribunal Federal analisa se a conduta atribuída ao ex-presidente configura crimes contra o Estado Democrático de Direito, incluindo tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada e dano ao patrimônio público.

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