Pfizer vai pedir registro definitivo da vacina no Brasil

A farmacêutica Pfizer comunicou que vai fazer o pedido de registro definitivo da vacina contra o coronavírus no Brasil. Dessa forma está descartado o uso emergencial, já que ela diz que será apresentado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o processo de submissão contínua, pois é o mais eficaz para o país.

A alegação da empresa é que a solicitação do órgão para analisar em caráter emergencial os dados específicos sobre os testes realizados em 3 mil voluntários brasileiros “demanda tempo e avaliações estatísticas específicas”. “Outras agências regulatórias que possuem o processo de uso emergencial analisam os dados dos estudos em sua totalidade, sem pedir um recorte para avaliação de populações específicas”, diz a nota.

No último dia 14 de dezembro a Pfizer se reuniu com a Anvisa para saber como funciona o processo de submissão da vacina em uso emergencial. Mas depois das análises feitas a farmacêutica entende que no caso do Brasil o melhor é fazer um registro e contrato definitivo para atender a todo o cronograma e a quantia exata de doses.

“As condições estabelecidas pela agência requerem análises específicas para o Brasil, o que leva mais tempo de preparação”, informa a nota.

Eficácia

A Pfizer ainda segue em negociações com o governo brasileiro para a distribuição da vacina no País e já submeteu os resultados dos estudos da fase 3 de testes que, de acordo com a empresa, mostraram eficácia de 95% do imunizante contra o coronavírus. No último dia 10 de dezembro, o Ministério da Saúde afirmou que já há um acordo para a aquisição de 70 milhões de doses pela farmacêutica para o próximo ano.

Na segunda-feira (28), o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou que o interesse na vacina deveria partir dos laboratórios porque o País tem um “mercado consumidor enorme”. No mesmo dia, a Anvisa concedeu o Certificado de Boas Práticas de Fabricação para três das quatro empresas envolvidas no desenvolvimento do imunizante da Pfizer/BioNTech.