Cidades voltam a decretar lockdown para frear a Covid
As ocupações dos leitos de UTI estão com índices alarmantes
O drama das altas ocupações dos leitos de UTI para pacientes com Covid-19 voltou a aterrorizar cidades paulistas. Com isso, o lockdown voltará a acontecer em Araraquara, mas também este esquema foi decretado em Batatais, na Região de Ribeirão Preto.
Desde o último dia 15 de maio que Batatais decretou o fechamento de todas as atividades econômicos, além do toque de recolher e a não circulação do transporte público. A Prefeitura explica que as medidas serão válidas até o dia 31 de maio. O prefeito Juninho Gaspar explica que a medida visou impedir um colpaso.
“Os profissionais de saúde estão no seu limite”, disse o prefeito, acrescentando que há dificuldades para comprar medicamentos para sedação e manter o fornecimento de oxigênio nos hospitais. O prefeito disse ainda que já pediu mais recursos ao governo estadual para socorrer o sistema de saúde.
Araraquara
Esta vai ser a segunda vez que a cidade começa o lockdown. A medida acontece em 21 de fevereiro e durou dez dias. O resultado foi positivo e os casos de coronavírus caíram 66,2% na cidade. Já as internações tiveram queda de 24%. Enquanto isso as mortes tiveram queda de 62%.
No entanto neste mês as altas de casos, internações e mortes voltaram a subir. A taxa de ocupação em leitos de UTI está próxima de um colapso, em 96%. Mais da metade dos pacientes internados em UTIs, no entanto, são de outras cidades.
Desde o início da pandemia, a cidade registra um total de 20.689 pacientes confirmados para a Covid-19, com 435 mortes, sendo que duas delas foram computadas nas últimas 24 horas.
O decreto, segundo o prefeito da cidade, Edinho Silva, é um pacto social. “Quem vai dizer se Araraquara vai continuar aberta, não sou eu, é a população de Araraquara”, disse em suas redes sociais. “Se batermos 30% [de sintomáticos positivados] significa que em uma semana, ou 10 dias, já estaremos com uma pressão imensa na nossa rede de saúde pública ou privada”, explicou.
“Estamos vivendo um momento difícil. Retomamos as atividades, estabelecemos critérios, normas e fiscalização, mas mesmo assim, infelizmente, a contaminação tem crescido muito nos últimos dias. Não queremos que a cidade volte a enfrentar aquilo que enfrentamos no mês de fevereiro. Para isso, temos que fazer um grande pacto social. Temos que fazer um grande acordo entre todos nós, moradores”, disse o prefeito em um vídeo publicado nas redes sociais.
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