Futebol feminino brasileiro cai nos pênaltis e dá adeus a medalha olímpica
Confira o resumão do que rolou nos Jogos Olímpicos
A sexta-feira (30) não foi boa para o Brasil nas Olimpíadas de Tóquio. Atletas que tinham possibilidade de faturar medalhas na natação e judô, por exemplo, se despediram antes do tempo. Mas a derrota mais dolorosa, sem dúvida foi a do futebol feminino.
Contra o Canadá, a equipe da técnica Pia Sundhage e das jogadoras Marta, Formiga e Debinha lutava em busca da tão sonhada medalha de ouro para o futebol feminino. Mas ele acabou nos pênaltis.
O jogo em si foi de muito equilíbrio, mas sem tantas chances claras de gol. Debinha e Bia Zanerato eram as responsáveis pelo ataque do Brasil, só que estavam muito isoladas e a bola mal chegava, especialmente com a forte marcação das canadenses. Veio o segundo tempo e a técnica Pia colocou Ludmila e Andressa Alves para melhorar o ataque. A Seleção Brasileira teve mais volume, mas pouco incomodou o Canadá. A melhor chance foi com Érika, de cabeça.
Após empate no tempo normal e na prorrogação, veio a decisão por pênaltis. O Brasil começou bem com a goleira Bárbara defendendo a cobrança de Christine Sinclair. E até ficou na frente até a quarta cobrança. Foi nela que Andressa Alves buscou o canto esquerdo de Labbé, que fez a defesa e igualou a disputa. A zagueira Gilles colocou o Canadá na frente, e Labbé pegou o chute de Rafaelle, também no canto esquerdo, classificando sua seleção à terceira semifinal olímpica seguida.
Fim do sonho de medalha olímpica e provável também que seja encerrada a geração mais brilhante que o Brasil teve com o futebol feminino. Embora não tenham falado sobre o assunto, a tendência é que Formiga e Marta deixem a Seleção Brasileira. As nossas reverências, respeito e o agradecimento a estas estrelas, que mostraram ao Brasil que mulher pode e deve sim, jogar futebol, mas também praticar qualquer esporte.
Natação
A natação brasileira viveu um momento de contraste nas Olimpíadas de Tóquio. A boa notícia é a classificação de Bruno Fratus para a final dos 50 metros livre. Ele registrou 21s67, venceu a oitava bateria e passou como o quarto melhor nas eliminatórias.
Só que na mesma prova, mas no feminino, Etiene Medeiros foi eliminada. Outra eliminação, essa surpreendente ocorreu no revezamento 4×100. Os brasileiros até chegaram a celebrar uma classificação ao atingir a quarta posição com 3min32s29, mesmo tempo dos Estados Unidos na primeira bateria. A equipe se classificara para a decisão, mas o fato de queimar a primeira transição resultou na eliminação antes da final.
E nos 1.500 metros, Guilherme Costa fez 15min01s18 na prova mais longa da competição e terminou com a sexta marca da série, a 13ª colocação no geral. Assim, também foi eliminado.
Atletismo e judô
No atletismo, o Brasil até celebrou a conquista do recorde sul-americano no revezamento 4x400m misto. Mas a marca de 3:15.89 dos atletas Anderson Henriques, Tiffany Marinho, Tabata Vitorino e Pedro Burmann não foi suficiente para a classificação.
As representantes brasileiras no salto triplo, Núbia Soares, e no arremesso de peso, Geisa Arcanjo, não tiveram melhor sorte e também foram eliminadas.
E no judô, a judoca Maria Suelen, que era uma das favoritas à medalha no peso-pesado, está fora da competições por equipes, marcada para a madrugada de sábado para domingo. Titular absoluta do time, ela saiu do dojo com uma lesão após derrota para a francesa Romane Dicko na disputa individual, ainda nas quartas de final, e nem voltou para a repescagem.
Já entre os homens, o brasileiro Rafael Silva terminou sua participação nas Olimpíadas de Tóquio em sétimo lugar. Ele foi derrotado na repescagem, quando ainda sonhava ao menos com o bronze, pelo francês Teddy Riner, campeão olímpico em 2012 e 2016. Baby levou uma chave de braço. Antes disso, ele perdeu nas quartas para o georgiano Guram Tushishvvili.
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