Olimpíadas

Thiago Braz volta a conquistar medalha olímpica no salto com vara

Atleta teve um ciclo duro, com inúmeras dificuldades, mas ainda assim garantiu um lugar no pódio

Para todos os atletas, a conquista de uma medalha olímpica já é uma consagração incrível na carreira. Mas isso é reforçado, quando o ciclo olímpico é cheio de dificuldades, decepções e perdas. Esse foi o caminho de Thiago Braz até as Olimpíadas de Tóquio. Após o ouro na Rio 2016, o atleta encarou inúmeros problemas, mas ainda assim teve um grande desempenho e voltou a ganhar uma medalha olímpica. Agora foi o bronze.

Após a olimpíada no Rio de Janeiro, Thiago Braz sofreu para manter o ritmo competitivo. Além da pandemia do coronavírus, neste caminho até os Jogos Olímpicos de Tóquio, ele trocou de técnico, ficou sem clube e se afastou da elite do salto com vara.

Tudo estava desfavorável a Thiago Braz. Mas aí ele ressurgiu momentos antes das Olimpíadas de Tóquio e o brasileiro chegou ao seu segundo pódio olímpico. O bronze veio com a marca de 5,87 metros. A prata ficou com Cristopher Nilsen, dos EUA, com 5,97 metros. O ouro foi de Armand Duplantis, da Suécia, com 6,02 metros.

O caminho até Tóquio

Nos meses que se seguiram à Rio 2016, Thiago e o técnico Vitaly Petrov traçaram uma meta ambiciosa: bater o recorde mundial do salto com vara, que à época estava em poder do ucraniano Sergey Bubka, de 6,14m. Chegaram a comentar sobre o projeto em entrevistas coletivas a jornalistas com alguns detalhes. O saltador brasileiro ainda era jovem (tinha 23 anos em 2016) e podia melhorar em aspectos técnicos e físicos.

Mas o plano deu errado e em 2017, a melhor marca em eventos ao ar livre foi 5,60m. O brasileiro até conseguiu 5,86m, mas em uma competição indoor na França. Na ocasião ele alegou uma lesão e não foi ao Campeonato Mundial de Londres. Em 2018, mais um ano fraco, com 5,70m em torneios outdoor.

A maré começou a mudar um pouco em 2019, quando saltou 5,92m na etapa de Mônaco da Liga Diamante e ficou em quinto lugar no Campeonato Mundial de Doha. No Pan de Lima, porém, mais um dissabor quando errou três tentativas para 5,71m e ficou em quarto lugar.

Em 2020, prejudicado pela pandemia do coronavírus, Thiago Braz participou de poucas competições. Mas em setembro ele conseguiu saltar 5,82m em Berlim. Já em 2021, conseguiu repetir a mesma marca no final de junho, na Polônia.

Além dos resultados muito abaixo do esperado do recorde pessoal (e olímpico) de 6,03m, Thiago promoveu um vaivém de base e de técnico. Depois de anos sob o comando de Petrov, em outubro de 2018 anunciou que voltaria a treinar com Elson Miranda, que o comandara no início de carreira. Não apenas isso, também deixou a cidade italiana de Fórmia, que era sua base, para retornar a São Paulo.

Pouco depois do começo da pandemia, Thiago foi demitido do Esporte Clube Pinheiros, que defendia. A rescisão foi feita oito meses antes do fim do contrato. Segundo informações de bastidores, o clube considerou que não havia retorno de visibilidade que justificasse o investimento, uma vez que o saltador tinha o maior salário de toda a equipe de atletismo.

Final feliz

Mas felizmente todo este pesadelo teve um final feliz. Thiago Braz chegou à Olimpíada, faturou o bronze, viu o seu recorde olímpico de salto de 6,03 continuar sendo dele e se consolidou como um dos melhores atletas do salto com vara no mundo.

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