Jornalismo brasileiro se despede de Nilson Lage
Aos 84 anos ele se tratava de um câncer no pulmão
Morreu aos 84 anos o jornalista e professor, Nilson Lemos Lage. Ele tratava um câncer no pulmão há quase dois anos e estava internado no Hospital Baía Sul, em Florianópolis, Santa Catarina. Nilson morreu na segunda-feira (23), mas a informação foi confirmada na manhã desta terça-feira (24) pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Doutor em Linguística e Filosofia, mestre em Comunicação e Bacharel em Letras, Lage foi professor titular UFSC e professor-adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
“Uma figura fantástica, de uma erudição, uma sabedoria. Uma conversa com Nilson Lage, qualquer que fosse o assunto, era uma aula”, disse Áureo Moraes, chefe do gabinete da UFSC e ex-colega de trabalho do professor.
Por vontade de Lage, não haverá velório. O Crematório Catarinense, em Palhoça, na Grande Florianópolis, informou que o corpo do professor será cremado às 14h desta terça.
História de Nilson Lage
Considerado um ícone da pesquisa do Jornalismo brasileiro, além de professor, Lage escreveu livros como “A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística”, “A linguagem jornalística”, “Teoria e técnica do texto jornalístico” e “A estrutura da notícia”.
Como jornalista, trabalhou no Jornal do Brasil, na Última Hora, na TV Educativa do Rio de Janeiro, entre outros veículos de comunicação. Além disso, ainda colaborou com o blog Tijolaço.
Nota de pesar
O Departamento, o curso de Graduação e o programa de Pós-Graduação em Jornalismo da UFSC manifestam pesar e consternação pela morte do professor.
“Em 2007, foi um dos fundadores do Programa de Pós-Graduação em Jornalismo (PPGJOR/UFSC). Aos 70 anos, aposentou-se compulsoriamente em 2006 como professor titular. Nas celebrações dos 40 anos do Departamento de Jornalismo da UFSC, em 2019, proferiu conferência e foi homenageado pela instituição. Com humor fino, inteligência, erudição e uma voz única, Nilson Lage vai permanecer como uma das grandes referências da área”, diz a nota publicada.
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