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Paralimpíadas: Brasil garante mais quatro medalhas de ouro e sobe na classificação

Duas delas vieram na natação

A quinta-feira (2) foi recheada de alegrias para o Brasil nas Paralimpíadas de Tóquio. Foram quatro medalhas de ouro conquistadas, sendo duas delas na natação. Os resultados ajudaram o país a subir na tabela do quadro de medalhas. Agora o Brasil soma 54 medalhas, sendo 19 de ouro, 13 de prata e 22 de bronze, ficando em sexto lugar.

No atletismo, Alessandro da Silva foi bicampeão paralímpico no lançamento de disco F11. A prova é para atletas com deficiência visual e o brasileiro atingiu a marca de 43,16m, mas seus cinco lançamentos válidos foram superiores ao melhor do segundo colocado, o iraniano Mahdi Olad. Foi a segunda medalha de Alessandro em Tóquio, prata no arremesso do peso F11. Completaram o pódio no lançamento de disco o iraniano Mahdi Olad, com 40,60m, e o italiano Oney Tapia com 39.52m.

Ouro inusitado no parataekwondo

O parataekwondo fez a sua estreia em Jogos Paralímpicos e deu Brasil logo de cara no topo do pódio. Foi graças ao lutador vindo da Praia Grande, Litoral de São Paulo, Nathan Torquato. O jovem de 20 anos teve um desfecho improvável antes do ouro. Tudo porque na categoria até 61 kg, classe K44, que inclui atletas com deficiência unilateral em um dos membros superiores, teve a vitória oficialmente classificada como interrupção do árbitro.

Créditos: Reuters

A semifinal que definiria o rival do brasileiro foi entre Homaed Elzayat, do Egito, e Daniil Sidorov, do Comitê Paralímpico Russo. No confronto o russo deu um golpe irregular no egípcio, que deixou a arena de maca, e foi desclassificado. A primeira informação era de que Elzayat havia sofrido uma concussão e não poderia voltar à disputa.

A World Taekwondo (WT) chegou a comunicar a vitória por W.O. à comissão técnica do Brasil, e as redes sociais da Confederação Brasileira de Taekwondo, inclusive, comemoraram antecipadamente o título em uma postagem.

Cerca de 30 minutos depois, porém, a WT voltou atrás e informou à equipe brasileira que o golpe ilegal na verdade teria sido no pescoço e que o egípcio talvez tivesse condições de lutar. Homaed Elzayat, porém, a esta altura estava no hospital da Vila dos Atletas.

Elzayat até voltou à arena a tempo da disputa, mas sem condições de lutar. Se apresentou apenas para na sequência o árbitro oficialmente interromper o combate. Era o necessário para confirmar Nathan como campeão paralímpico na estreia do esporte no programa dos Jogos.

Natação com mais ouro

Como virou de praxe nestas Paralimpíadas, o Brasil voltou a garantir medalhas na natação. Agora são oito medalhas douradas garantidas. Começando com Talisson Glock. Na disputa dos 400m livre da classe S6 (para atletas com deficiências físicas), o brasileiro fechou a final em 4min54s42, pouco mais de um segundo à frente do italiano Antonio Fantin, atual campeão mundial (4min55s70). O russo Viacheslav Lenskii completou o pódio com o bronze (5min04s84).

Créditos: Divulgação/CPB

Já o segundo ouro veio com Gabriel Araújo. Ele foi absoluto na prova dos 50m costas da classe S2 (para atletas com deficiências físicas). abrielzinho, que ganhou notoriedade por suas dancinhas quando sobe ao pódio na capital japonesa, cravou o tempo de 53s96 no Centro Aquático de Tóquio. Deixou em segundo lugar o chileno Alberto Abarza (57s76) e em terceiro o russo Vladimir Danilenko (59s47).

O brasileiro havia conquistado uma medalha de ouro nos 200m livre da classe S2 e uma de prata nos 100m costas da mesma classe.

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