Política

Pela terceira vez, Marcelo Queiroga é convocado para a CPI da Covid

Decisão veio após adiamento do Ministério da Saúde sobre o estudo contrário da cloroquina

Nesta quinta-feira (7) ficou definido e aprovado pela CPI da Covid a convocação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Esta é a terceira vez que o titular da pasta é chamado par prestar depoimentos à CPI para esclarecer ações de combate contra a doença.

A decisão foi tomada no mesmo dia em que a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde, órgão consultivo do Ministério da Saúde, retirou da pauta a análise de um estudo de especialistas contra o uso de cloroquina contra a Covid. A droga é comprovadamente ineficaz para a doença.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) explicou que o presidente Jair Bolsonaro interferiu para a retirada de pauta. O Ministério da Saúde afirmou que a análise do estudo foi retirada da pauta a pedido dos próprios autores.

Durante a votação do requerimento de convocação do ministro, senadores reclamaram que Marcelo Queiroga não respondeu aos questionamentos encaminhados pela comissão na última terça-feira (5).

Os questionamentos visavam esclarecer qual a estratégia do ministério para a vacinação em 2022. A medida havia sido anunciada como uma alternativa à necessidade de um novo comparecimento do ministro à CPI. Os senadores haviam estipulado um prazo de 48 horas para a manifestação de Queiroga.

Os outros depoimentos

O primeiro depoimento de Queiroga à CPI da Covid aconteceu em 6 de maio. Na ocasião, o ministro evitou responder sobre alguns temas, entre os quais cloroquina, tratamento precoce e declarações de Bolsonaro sobre a pandemia, o que irritou os senadores da comissão.

Já o segundo depoimento aconteceu um mês depois, em 8 de junho. Novamente questionado sobre temas como cloroquina, disse que essas discussões são “laterais”. Embora o remédio seja comprovadamente ineficaz contra a Covid, o presidente Jair Bolsonaro frequentemente recomenda o uso do medicamento.

Dois antecessores de Queiroga, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, deixaram o cargo justamente diante de divergências com Bolsonaro sobre temas como uso da cloroquina.

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