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Renato Russo: 25 anos que seu legado continua vivo

Diversas letras musicais ainda falam muito da realidade brasileira

Há exatos 25 anos que o Brasil se despediu daquele que é considerado um poeta do rock. Renato Manfredini Júnior, ou simplesmente Renato Russo faleceu em 11 de outubro de 1996, mas ainda assim suas músicas continuam muito vivas e ainda dizem muito sobre a juventude, a população e sobre a atual realidade do Brasil.

Renato Manfredini Júnior nasceu no Rio de Janeiro uma semana após a despedida do verão e o início do outono em 27 de março de 1960. Filho do funcionário do Banco do Brasil, Renato Manfredini, e de uma professora de inglês, Maria do Carmo, Renato Russo passou boa parte da vida em Brasília.

Na adolescência, mesmo enfrentando uma doença rara, que era uma epifisiólise, uma doença óssea. Para o tratamento, precisou implantar três pinos de platina na bacia e, depois, passou por uma recuperação difícil: ficou seis meses de cama quase sem se movimentar e a recuperação dos movimentos durou mais de um ano e meio.

Por conta disso, as vezes o deixava em uma cadeira de rodas, o lado poeta e muito sensível ganhou forças. Assim ele começou a trilhar o caminho da música. Seu primeiro grupo foi o Aborto Elétrico, criado em 1979. Mas o grande momento do artista veio mesmo com a criação do Legião Urbana.

“O Trovador Solitário”, como era conhecido, conseguiu ser o porta-voz de uma geração que ensaiava entrar no mundo moderno. Foi dessa forma que ele fez uma evolução na forma de pensar e agir em detrimento do conservadorismo.

Renato Russo cantava o amor sem censura e perfilou seus anseios mais profundos por um país melhor e uma sociedade com mais direitos para todos, independente de religião, opção sexual, cor da pele e poder econômico.

O sucesso no Legião Urbana

Com o fim precoce do Aborto Elétrico, Renato Russo se juntou a Marcelo Bonfá, Eduardo Paraná e Paulo Guimarães – e posteriormente com Dado Villa-Lobos assumindo a guitarra do grupo – para formar a banda Legião Urbana, em 1982. Nessa década, eles lançaram algumas das músicas mais tocadas em rádios no período, como Será, de 1985; Eduardo e Mônica, de 1986; Que País é Esse, de 1987; e Pais e Filhos, de 1989. Assim, rapidamente, a banda saiu da capital federal e ganhou reconhecimento em todo o território nacional.

Com o Legião Urbana, o cantor lançou oito discos de estúdio. O último álbum foi “Uma Outra Estação”. Ele aconteceu nove meses após sua morte em consequência do HIV. A equipe do cantor ainda lançou quatro discos em carreira solo, sendo dois deles póstumos: “O Último Solo” e “O Trovador Solitário”.

O cantor conseguiu arrebatar, através de suas canções, uma verdadeira legião de fãs, tanto do seu trabalho solo quanto todos que foram desenvolvidos em parceria com os demais integrantes da Legião Urbana. O lado escritor do poeta das canções fez com que ele publicasse quatro livros. Destaque para  “Só Por Hoje e Para Sempre – Diário do Recomeço” e o romance “The 42nd St. Band – Romance de uma banda imaginária”.

Renato Russo morreu na madrugada de 11 de outubro de 1996 por conta de doença pulmonar obstrutiva crônica, septicemia e infecção urinária – consequências da aids. Renato tinha HIV positivo desde 1989, mas nunca assumiu publicamente a doença.

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