“Blockchain vai revolucionar sistema financeiro”, diz investidor cripto de 15 anos
Infraestrutura brasileira é vista como principal desafio para dar suporte à estas tecnologias
O segundo painel do Lidera foi marcado pela pauta “Mercado Financeiro: como criptomoedas e tecnologias disruptivas moldam o futuro dos investimentos”, que contou as participações de Ronaldo Lemos, presidente da Comissão de Tecnologia da OAB-SP; Richard Schäli, investidor e fundador da Secanta Capital Research; Roberto Dagnoni, CEO e presidente do Conselho do 27M, holding controladora do Mercado Bitcoin, e Juliana Walenkamp, strategy and business development de Web3.
Em comum, os debatedores acreditam que o Brasil tem enormes desafios no futuro para suprir carências tecnológicas e dar suporte e constância ao mercado de criptomoedas, tendo em vista, sobretudo, a necessidade de se investir fortemente em infraestrutura.
“O Brasil possui muitas oportunidades para inovar, mas precisa de muitos serviços e capacidade de processo. Além disso, carece de uma boa conectividade. O país ainda está em uma camada muito superficial, e isso se aplica também quando pensamos em blockchain, que é uma disruptiva para o mercado de bitcoin, além do metaverso, propriamente dito”, comentou Ronaldo Lemos.
“Eu vejo que o blockchain vai revolucionar todo o sistema financeiro mundial, e a maneira como eu penso sobre ele é que será um computador gigante que vai descentralizar informações, com um histórico imenso de transações. Hoje, as tecnologias são subestimadas, e isso acontece em vários setores. Estamos indo para uma nova era, em que a velocidade da inovação estará cada vez mais rápida. Temos uma grande inovação a cada cinco anos, pelo menos, quando antigamente, isso demorava no mínimo duas décadas”, complementou Richard Schäli, que tem apenas 15 anos e investe desde os 7.
Já Juliana Walenkamp, lembrou que o blockchain trará ainda mais segurança e oportunidades tanto para usuário e cliente quanto para as instituições. Quando falamos em blockchain, estamos falando de transparência, segurança e muitos outros aspectos neste sentido. É uma tecnologia que poderá ser usada por muitos serviços e não necessariamente apenas pelo setor financeiro. Estamos falando de uma base de dados, registro de transações e integridade para produtos e soluções, com produtos mais baratos e soluções mais rápidas.
Por fim, Roberto Dagnoni frisou que o Brasil, em termos de cultura, ainda está longe de assegurar essa realidade tecnológica e de investimentos em criptomoedas, tanto para a população quanto para as empresas. “Precisamos trabalhar muito o aspecto da experiência do usuário no blockchain. É difícil, porque as pessoas precisam gerenciar seus próprios coins, e não é uma tarefa trivial. Estamos longe de ter um acesso real neste mundo como gostaríamos”, pontuou.
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