
Doar órgãos é fundamental para salvar vidas. Para isso é fundamental que a pessoa comunique a intenção de doar e a família também deve autorizar. Mas apesar disso, em Jundiaí, o Hospital São Vicente de Paulo (HSV) teve queda no número de órgãos doados caiu na comparação de 2022 com 2021. O principal motivo é a recusa familiar continua sendo um problema na cidade, apesar da redução.
De acordo com dados da Comissão Intra-Hospitalar de Transplantes do Hospital São Vicente (HSV), o hospital teve o total de 10 doadores em 2022, uma queda de 33% comparada com 2021.
Ainda segundo a comissão, neste período, o hospital teve 45 pacientes com morte encefálica confirmada, quesito para doação de órgãos. No entanto, dos 45 pacientes, sete não concretizaram a doação por recusa familiar e outros 28 por contraindicação ou ausência de responsável legal.
Em 2021, foram 44 pacientes com morte encefálica e 15 doações concretizadas. Na época, 14 famílias recusaram a doação e 29 pacientes tiveram contraindicação. Em números de órgãos, 2022 alcançou a doação de 51 órgãos no HSV, na contramão de 2021, quando 85 órgãos foram doados. A queda foi de 40%.
Segundo a enfermeira do HSV, Thaís Santos, quem deseja ser doador não precisa deixar nenhum documento para a família, mas comunicá-la sobre a decisão.
“Em um churrasco, almoço, pode falar ‘olha se caso acontecer alguma coisa comigo, sou doadora’, porque no momento ali quem vai assinar o documento não é a pessoa que morreu e sim quem está vivo, e essa pessoa que vai ter a tomada de decisão”, explica.
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