Que comecem os Jogos Olímpicos de Tóquio
Sem a presença do público, cerimônia de abertura destacou questões de igualdade, pandemia e a superação dos atletas
Um ano depois do previsto, enfim os Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, começaram. Devido a pandemia do coronavírus, uma série de adaptações precisou ser feita, inclusive na cerimônia de abertura. A ausência mais sentida, claro, foi a ausência do público na arena. Ainda assim o evento foi bonito.
Para suprir a ausência do público, que levava a energia e a alegria, o Japão apostou na tecnologia e na criatividade para levar uma mensagem de paz e lembrar também o combate contra a Covid-19, destaque para a superação dos atletas que, mesmo com as adversidades, conseguiram chegar à Tóquio. Além disso, foi enviada uma mensagem de paz com a música de John Leoon: Imagine.
Foram 1.400 pessoas que participaram da cerimônia de abertura e a atração foi mais enxuta devido a pandemia e também por uma forma de cortar gastos. Mas o show de luzes e tecnologia manteve o tradicional encanto da festa. Uma homenagem aos atletas que se superaram treinando em isolamento deu início à festa.
Um grande momento da festa foi a mensagem de união na diversidade dos povos. Pouco mais de 1.800 drones sobrevoaram o Estádio Olímpico e montaram um globo terrestre. Houve ainda uma homenagem a Yoko Ono e John Lennon com a canção “Imagine” sendo interpretadas por cantores dos cinco continentes, em uma mensagem de paz e união dos povos.
As barreiras impostas pela Covid-19 foram lembradas, dos atletas que treinaram sozinhos em períodos de isolamento aos profissionais da saúde na linha de frente da pandemia. Receberam as devidas homenagens em uma festa restrita a cerca de mil convidados entre chefes de estados e membros do Comitê Olímpico Internacional (COI), mas transmitida para bilhões de pessoas ao redor do planeta. Houve um minuto de silêncio em memória das vítimas da pandemia.
Apresentação da delegação brasileira
Para evitar aglomeração, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) limitou para quatro pessoas a apresentação do Brasil. Bruninho (campeão olímpico do vôlei) e Ketleyn Quadros (primeira brasileira a conquistar uma medalha olímpica, em Pequim 2008, no judô) foram os responsáveis por serem os porta-bandeiras. O país foi o 151º país a se apresentar. Assim foi cumprido o número exigido pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).
Enquanto isso, na Vila Olímpica, o restante da delegação brasileira fez de forma simbólica, o próprio desfile de apresentação. Uma versão do Monte Fuji foi colocada no Estádio Olímpico de Tóquio. No topo da réplica de quase 10m de altura (o Monte Fuji tem mais de 3.700m de altura), a pira olímpica foi projetada pelo artista Oki Sato para simbolizar o sol. A tenista japonesa Naomi Osaka acendeu a Pira Olímpica.
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